No mês de dezembro, onde há um aumento do volume de compras, sugerimos algumas dicas para efetuar compras mais seguras online.
A comodidade das compras online continua a atrair cada vez mais consumidores e a época do Natal é, naturalmente, uma das alturas em que o e-commerce tem maior procura. No entanto, comprar online pode levar a uma maior exposição a ameaças cibernéticas, como fraudes ou o acesso não autorizado a informação confidencial, pelo que é importante estar alerta e adotar uma postura cuidadosa no momento de comprar.
Partilhamos algumas dicas essenciais para guiar os utilizadores numa experiência de e-commerce mais segura:
1. Utilizar plataformas com conexões seguras
O ícone com a imagem de um cadeado que deve aparecer na barra de endereços do navegador, mesmo antes do nome do site. É este indicador que garante a legitimidade das plataformas. No caso de a ligação não ser segura, o browser apresenta ao invés a denominação “não seguro” ou que apresenta o ícone do cadeado rasurado.
2. Escolher plataformas que permitam autenticação de dois fatores
Os métodos de autenticação de dois fatores, disponíveis em diversas aplicações e plataformas online, são uma medida que proporciona maior confiabilidade durante as transações de pagamento. Para garantir uma experiência de e-commerce mais segura, deve dar-se preferência a plataformas com este método de autenticação, que funciona como camada extra de segurança, protegendo contra acessos não autorizados, mitigando riscos em caso de senhas comprometidas e proporcionando uma verificação adicional em transações financeiras. No contexto específico de pagamentos, plataformas como o PayPal ou o MBWay oferecem uma camada adicional de segurança através de processos de autenticação antes da confirmação da ordem de pagamento.
3. Ativar notificações de transação nas plataformas bancárias
As notificações de transação recebidas através do e-mail, do contacto telefónico ou pop-up, disponibilizadas pelas instituições bancárias, permitem ter conhecimento, de forma quase instantânea, sobre os movimentos de conta, transferências ou pagamentos. Estas notificações podem diminuir o tempo de reação e os danos causados por ataques cibernéticos ou acessos não autorizados às contas bancárias.
4. Verificar a segurança do site
A análise da reputação do site é fundamental para se perceber se é fidedigno ou se tem boas referências dos consumidores. É importante, antes de efetivar qualquer compra, fazer uma pesquisa prévia e analisar, por exemplo, os testemunhos de experiência deixados por outros utilizadores da mesma plataforma em fóruns e portais externos com a Deco Proteste ou o Portal da Queixa, para evitar plataformas que proporcionam uma má experiência de e-commerce. Isto porque, os comentários deixados nos próprios sites podem ser, facilmente, falsificados através de ferramentas de Inteligência Artificial que simulam a interação de consumidores. É, também, crucial manter o sentido crítico relativamente às ofertas de negócio que, no caso de plataformas maliciosas, tendem a destoar da realidade de mercado e a apresentar preços demasiado apetecíveis.
5. Adotar uma postura cuidadosa relativamente a comunicações suspeitas
Phishing é uma técnica amplamente utilizada para obter acesso a informação confidencial, mediante uma suposta autorização concedida pelo próprio utilizador, muitas vezes sem o seu pleno conhecimento. Como medida preventiva contra os potenciais impactos destas ameaças, torna-se essencial evitar clicar em hiperligações ou efetuar download de arquivos provenientes de fontes duvidosas, que podem chegar até aos consumidores, por exemplo, em forma de newsletter ou de emails promocionais.
Para Ricardo Anastácio, CISO da Opensoft, “é importante adotar medidas proativas para resguardar, ativamente, dados confidenciais, especialmente informações bancárias. Embora as ameaças à cibersegurança sejam inerentes ao e-commerce, ao incorporar estas boas práticas na rotina, é possível diminuir a probabilidade de estar numa posição de vulnerabilidade e aumentar a capacidade de resposta a estes desafios”.
Ao seguir estas dicas, os consumidores podem aumentar significativamente a segurança dos seus dados partilhados durante as compras de Natal, altura em que são, por diversas vezes, transacionados volumes superiores de dinheiro e de dados, reduzindo os riscos associados a fraudes e acesso indevido a informação confidencial.