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O impacto da dívida técnica na segurança dos dados

O impacto da dívida técnica na segurança dos dados

Sabia que o impacto da dívida técnica na segurança dos dados pode comprometer a proteção da informação da sua organização? Apesar de ser um problema comum, muitas empresas não avaliam corretamente os riscos que esta representa para a segurança de informação.

O que é a dívida técnica?

Numa rápida analogia, podemos dizer que a dívida técnica é como a manutenção de um carro: podemos ignorar um pequeno barulho ou adiar a troca de pneus, mas sabemos que, com o tempo, esses pequenos problemas irão transformar-se em complicações mais dispendiosas e de resolução mais demorada.

Na indústria tecnológica passa-se o mesmo: quando uma empresa decide construir ou investir em software ou hardware para obter resultados a curto prazo, sem considerar as implicações e custos que poderão ocorrer a longo prazo, está a incorrer em dívida técnica. Estes custos operacionais equivalem a juros de uma dívida que as organizações pagam ao longo do tempo, daí a utilização do termo “dívida”.

A dívida técnica é um problema generalizado. Segundo um inquérito da consultora Gartner, um grande número de responsáveis de tecnologia (93%) afirma que as suas organizações lidam com dívida técnica, nomeadamente nas áreas de arquitetura, infraestrutura e código. Também na área da cibersegurança, a dívida técnica pode abrir portas a vulnerabilidades, dificultando a resposta a incidentes de segurança.

Como é que a dívida técnica afeta a segurança dos dados?

  1. Falta de atualizações

Nem sempre as aplicações usadas por uma organização estão atualizadas, especialmente quando ainda são utilizados sistemas legacy. A dívida técnica, especialmente quando já está muito acumulada, torna os sistemas mais complexos, logo mais difíceis de atualizar ou corrigir. Sem uma visão geral sobre as aplicações utilizadas numa organização, é um trabalho árduo atualizar manualmente cada portátil ou dispositivo utilizado. E quanto mais desatualizado for o sistema, mais vulnerável se torna, aumentando o risco de ciberataques.

  1. Qualidade do código

Um dos problemas de desenvolver uma aplicação rapidamente são os denominados atalhos de código, ou seja, código criado rapidamente para resolver um problema pontual identificado pela equipa de desenvolvimento. Este código é, por norma, mal estruturado e pouco documentado, resultando em código com menor qualidade e dificultando a manutenção da aplicação. Além disso, a má estruturação do código tem impacto nos testes de segurança da aplicação, atrasando a identificação de vulnerabilidades.

  1. Resposta a incidentes

Quando um sistema apresenta elevados níveis de dívida técnica, responder rapidamente a ameaças torna-se mais difícil. A complexidade e os problemas acumulados podem aumentar o tempo de resposta a incidentes de segurança, colocando em risco a integridade dos dados.

  1. Conformidade

A dívida técnica pode dificultar o cumprimento de normas como o RGPD. A falta de atualizações e a existência de vulnerabilidades aumentam o risco de violações de dados, o que pode resultar em sanções legais e financeiras para a empresa.

Como reduzir o impacto da dívida técnica na segurança dos dados?

Para evitar que a dívida técnica ponha em risco a segurança dos dados, as empresas devem adotar estratégias para reduzir a dívida — um verdadeiro desafio e que pode consumir muitos recursos da organização.

As empresas devem começar por monitorizar a dívida técnica e dar prioridade à resolução de problemas técnicos, evitando acumulação excessiva de dívida. Para isso, a par do desenvolvimento de novas funcionalidades nas aplicações, devem ser incluídas no planeamento tarefas que visam a redução da dívida.

Além disso, deve ser adotada uma cultura de security first, garantindo que a segurança seja uma prioridade desde as fases iniciais de qualquer projeto. Isto implica a adoção de práticas de codificação seguras, a realização de auditorias de segurança regulares e a implementação de uma política rigorosa de deteção e mitigação de riscos. Esta cultura que privilegia a segurança é essencial para mitigar os riscos associados à dívida técnica.

É também importante implementar ferramentas de análise de código e testes contínuos para a deteção de possíveis vulnerabilidades. Muitas destas ferramentas já fazem esta leitura de forma automática, sem exigir muitos recursos da organização.

As organizações devem ter em mente que a redução da dívida técnica e a segurança dos sistemas é um investimento contínuo. A Opensoft tem uma vasta experiência na modernização e integração de sistemas, incluindo sistemas legacy e a redução da sua dívida técnica. Contacte-nos para discutir o impacto da dívida técnica na segurança dos dados da sua organização.

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