
A quarta edição das Opensoft Talks — o formato de partilha de conhecimento interno que está a ser promovido ao longo deste ano na Opensoft — propôs a reflexão sobre o impacto que os processos têm na qualidade do resultado final. Afinal, o que acontece quando eles não existem? Ou quando não são adequados nem bem definidos? Qual a vantagem de estruturar processos numa organização?
Sob a moderação de Carla Coutinho (gestora de projeto na Opensoft), a sessão contou com a participação de Joana Duarte (diretora da Qualidade na Opensoft), Pedro Reis (gestor de projeto na Opensoft), Margarida Gonçalves (partner da Quasinfalível) e Tiago Pais (fundador da Endlessloop).
Ao longo do debate, discutiu-se se a existência de processos compensa sempre o esforço exigido, adequando a definição ao projeto e ao contexto. Destacou-se também a diferença entre processos adequados ou não, caso em que o excesso pode levantar obstáculos às equipas e tornar o esforço desadequado.
Os oradores sublinharam que a desvalorização dos processos está muitas vezes associada à perceção de burocracia por parte de elementos mais juniores, quando na verdade a função é assegurar consistência, qualidade e escalabilidade das soluções desenvolvidas. Concluiu-se que um processo adequado é aquele que serve a equipa e o projeto, evitando tanto a rigidez excessiva como a ausência de estrutura.
Outro dos pontos de destaque foi o papel da inteligência artificial na simplificação de algumas atividades ligadas ao desenvolvimento de software. Desde a automatização de tarefas repetitivas até ao apoio na análise da qualidade, a IA foi apontada como uma ferramenta que, devidamente usada e monitorizada, poderá ajudar a tornar os processos mais ágeis e eficientes.
Com esta edição das Opensoft Talks, ficou clara a importância de implementar processos estruturados e adequados à realidade das equipas, dos projetos e do contexto como contributo fundamental na qualidade final da solução.