Numa era em que os dados se tornaram um dos ativos mais valiosos das organizações públicas e privadas, gerir esta informação de forma eficaz tornou-se essencial. A governação de dados surge como o conjunto de políticas, processos e normas que asseguram a qualidade, a integridade e a segurança da informação. Quando implementada, esta abordagem permite utilizar os dados de maneira coerente e segura, apoiando decisões mais informadas e uma gestão mais eficiente.
A nível europeu, o Regulamento da Governação de Dados vem reforçar a importância de promover a partilha segura de informações entre instituições, fomentando um ecossistema de dados mais transparente e inovador. No âmbito da administração pública, este regulamento visa potenciar a utilização dos dados públicos para fornecer estatísticas oficiais mais fiáveis e apoiar decisões baseadas em dados concretos, contribuindo para políticas públicas mais eficazes.
A ausência de uma estratégia clara de governação de dados pode resultar em ineficiências operacionais, custos adicionais e menor credibilidade. Por isso, investir nesta área é essencial para fortalecer a confiança dos cidadãos e melhorar a qualidade dos serviços públicos.
Neste artigo, destacamos cinco pilares que contribuem para uma governação de dados eficaz.
1. Segurança e conformidade
A proteção da informação é um elemento central na governação de dados. Boas práticas de gestão de acessos, encriptação e auditoria contribuem para garantir a confiança nos sistemas de informação. A conformidade, por sua vez, diz respeito à adoção de procedimentos que assegurem o cumprimento das normas legais aplicáveis, como o RGPD, e deve articular-se com uma cultura de segurança que promova o uso responsável dos dados e a proteção da informação gerida por organismos públicos.
2. Qualidade dos dados
A qualidade dos dados constituem a base de qualquer decisão informada. Dados precisos e atualizados permitem desenvolver políticas mais adequadas às necessidades dos cidadãos. É essencial implementar processos de validação e monitorização contínua, assegurando que a informação utilizada pelas entidades públicas mantém padrões elevados de fiabilidade e consistência ao longo do tempo.
3. Transparência
A transparência é um princípio essencial para reforçar a confiança nas entidades públicas. Ao disponibilizarem informação fiável e acessível, as organizações promovem a confiança dos cidadãos e fortalecem a credibilidade institucional. A criação de portais específicos para a disponibilização de dados contribui para uma comunicação mais aberta e para o incentivo à reutilização da informação em benefício do interesse público.
4. Capacitação organizacional
Uma governação de dados eficaz depende, em grande medida, da criação de uma cultura interna que valorize o uso consciente e estratégico da informação. Investir na literacia de dados das equipas e na definição de políticas internas é fundamental para garantir uma utilização informada dos recursos de informação. Esta capacitação organizacional fortalece a autonomia dos recursos humanos e promove práticas sustentáveis de gestão de dados.
5. Interoperabilidade e integração
A integração e o cruzamento de bases de dados do setor público contribuem para reduzir redundâncias, aumentar a eficiência administrativa e facilitar uma análise mais abrangente da informação disponível. A interoperabilidade entre sistemas permite que diferentes entidades possam partilhar dados de forma segura, garantindo maior consistência e agilidade nos processos internos. Esta fluidez na comunicação entre sistemas traduz-se numa administração pública mais eficiente e centrada nas necessidades dos cidadãos, que hoje esperam uma gestão da informação integrada e transparente entre serviços públicos.
Estes cinco pilares constituem a base para transformar os dados em conhecimento estratégico, promovendo políticas públicas eficazes e uma governação mais próxima dos cidadãos.
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