Estamos a produzir mais dados, é inegável. E não vamos abrandar: a consultora IDC prevê que em 2025 o volume de dados digitais chegue aos 180 zettabytes. Este enorme crescimento advém, não só do número de dispositivos que conseguem gerar dados, mas também do número de sensores presentes em cada dispositivo. Em breve, as nossas casas, os nossos locais de trabalho e os nossos veículos vão estar interligados e a comunicar entre si.
Com tantos dispositivos ligados entre si, é natural que os dados ganhem uma nova importância para a economia, tendo sido, inclusivamente, considerados o recurso mais valioso da atualidade. Se anteriormente as organizações recolhiam dados básicos, como a idade ou o local de residência, agora são recolhidos novos dados que permitem analisar o comportamento dos consumidores, muitas vezes em tempo real. A partir destes dados, é possível analisar, por exemplo, a popularidade de um local através do números de fotos publicadas nas redes sociais com uma determinada localização ou perceber os fluxos entre a casa e o trabalho de milhões de pessoas.
Se qualquer dispositivo pode ser utilizado para guardar o rasto digital de um utilizador, então a quantidade e a qualidade dos dados vai continuar a aumentar. Estes fluxos de dados potenciam novos negócios e novas infraestruturas tecnológicas, mas também oportunidades para melhorar os negócios das organizações já estabelecidas.
A recolha de dados não é apenas o primeiro passo. Todos os dados recolhidos precisam de ser trabalhados para que as organizações possam aferir o seu verdadeiro valor. Um dos principais desafios que se coloca atualmente às organizações é o de encontrar as ferramentas adequadas para analisar os dados com maior sofisticação e conseguir aproveitá-los para melhorar e fazer crescer o negócio.
Deste modo, não é surpreendente que a gestão de dados seja uma das principais prioridades para os departamentos de tecnologia de grande parte das empresas, que já os consideram um elemento mais importante do que muitas métricas tradicionais, como o atendimento ao cliente.
Esta necessidade de novas infraestruturas tecnológicas faz com que se desenvolvam novos serviços, como ferramentas que permitem a troca dados e a sua combinação para extrair informação relevante, assegurando a integridade e utilização não indevida dos dados.
O interesse pelos dados está aumentar o seu valor no mercado, algumas empresas estão a adquirir outras só pelo interesse nos dados que detêm. O futuro poderá alterar esta situação, mas, por enquanto, pode-se afirmar que é mais barato que a organização crie dados do que os adquira no mercado.
Para criar esses dados é necessário uma estrutura tecnológica robusta que permita a consistência e sincronização entre diferentes fontes de dados e também a extração da informação necessária para ajudar ao crescimento e melhoria da organização.