O final de 2018 aproxima-se e a altura não poderia ser mais indicada para pensar no futuro e tentar fazer previsões acerca das tendências tecnológicas para 2019. Na área tecnológica, o mais difícil será mesmo conseguir adivinhar o que aí vem, tal a velocidade a que esta muda e evoluiu, mas não quisemos deixar de apontar algumas das ideias chave a ter em conta para o próximo ano.
Lemos vários estudos, analisámos opiniões e trabalhos sobre o mercado em Portugal e no mundo, escutámos algumas ideias de especialistas e deixamos uma lista das que consideramos serem as seis tendências tecnológicas para 2019.
1. IoT e 5G ganham poder entre as siglas
O lançamento da próxima geração móvel, a tão falada 5G, deverá assegurar um crescimento das soluções ligadas à Internet das Coisas (IoT) ao longo de 2019. O aumento da rapidez e velocidades associadas à quinta geração deverá ser suficiente para suportar a transformação digital e promover tendências como o trabalho remoto e a mobilidade nas empresas.
Paralelamente, a tecnologia vai ajudar a tirar maior e melhor partido das soluções IoT, que devem passar cada vez mais pelos dispositivos móveis (segundo um estudo da Ericsson, até 2022, 70% das soluções IoT implementadas nas empresas estarão adaptadas para utilização móvel).
2. Inteligência artificial: uma revolução cada vez mais presente
A inteligência artificial (IA) vai tomar conta de pequenas partes da nossa vida. No próximo ano, prevê-se uma maior aplicação da IA em áreas como os assistentes virtuais capazes de proporcionar experiências mais personalizadas ao cliente. Mas a revolução não se fica por aqui, já que a inteligência artificial trará ainda benefícios significativos ao nível dos negócios peer-to-peer ou peer-to-machine, transformando-os em machine-to-machine através da voz.
De uma maneira geral, uma organização terá capacidade para explorar as potencialidades da IA em várias áreas, tirando partido de experiências imersivas ou através da automação inteligente. Em 2022, pelo menos 40% dos novos projetos terão experts em IA na equipa, diz a Gartner.
3. Machine learning: o poder de aprendizagem das máquinas
Está em todo o lado e, provavelmente, que cada um de nós já utilizou algum produto que integra machine learning (processo que utiliza algoritmos para a recolha de dados, aprendendo depois com esses inputs e trabalhando a partir dos resultados numa previsão).
Por via do conceito de machine learning, várias tarefas consideradas, hoje em dia, rotineiras podem ser automatizadas e “aprendidas” pelas máquinas, bastando para tal, passar as informações necessárias e ensinar os passos da atividade a ser realizada. 2019 será o ano em que os algoritmos vão ganhar ainda mais poder e, dizem os especialistas, o machine learning reclamará definitivamente o seu lugar na sociedade, abrindo ainda as portas a outro tipo de áreas mais complexas como o deep learning – desenvolvimento de redes neurais artificiais para a definição de previsões e decisões com maior grau de variabilidade.
4. Entramos na era do Edge Computing
Em 2019, o mobile edge computing deverá ganhar cada vez maior influência em vários setores de atividade através de, por exemplo, soluções que reduzem a pressão na nuvem através do processamento de dados em tempo real estando, ao mesmo tempo, integradas na infraestrutura móvel das empresas. De acordo com a BI Intelligence, 5,6 mil milhões de dispositivos corporativos vão começar a utilizar tecnologia edge computing para a recolha e processamento de dados já em 2020.
Dizem ainda os especialistas que, o amadurecimento da oferta 5G trará consigo também uma maior expansão ao nível do edge computing que passa a assegurar uma comunicação mais robusta para os serviços centralizados. O 5G permite menor latência, maior largura de banda e um aumento significativo do número de nós por km2.
5. Computação Quântica
Pode até parecer um cenário saído dos mais famosos filmes de ficção científica, mas, na realidade, a computação quântica deverá firmar posições em 2019.
Falamos de um tipo de computação não-clássica que opera no estado quântico de partículas subatômicas (por exemplo, eletrões e iões) que representam informações como elementos denominados bits quânticos (qubits).
A escalabilidade exponencial dos computadores quânticos significa que eles terão capacidade para responder eficazmente a problemas muito complexos, impossíveis de resolver por via da abordagem tradicional. Para já, foram desenvolvidos computadores capazes de funcionar com apenas 16 qubits. Embora aparente ainda pouco, na verdade, estas máquinas possuem já um desempenho superior aos processadores que temos atualmente disponíveis no mercado. Ao longo de 2019, os maiores ganhos trazidos pela computação quântica serão visíveis em indústrias como a automóvel, a farmacêutica ou a área de I&D.
6. Privacidade digital
Numa altura em que tudo está informatizado e digitalizado, a segurança e a privacidade digitais tornam-se aspetos cada vez mais importantes. A Comissão Europeia deu, em 2018, um primeiro e importante passo no sentido de fortalecer esta área, por via do RGPD (Regulamento Geral de Proteção de Dados). O próximo ano será, certamente, o ano em que o Regulamento ganha força e maior expressão, até porque chegarão novas diretrizes que irão ainda proteger mais a privacidade dos utilizadores nos canais digitais.
Veremos como o mercado adere a estas tendências tecnológicas para 2019 e consegue inseri-las nas suas estratégias. Na Opensoft vamos continuar disponíveis para apoiar as organizações a tirarem o máximo partido da tecnologia no seu negócio. Conte connosco!