2020 será um ano que irá perdurar na nossa memória pelos desafios que impôs a cada um de nós, individualmente, em família e, claro, a nível profissional. Foram meses de descobertas, de lições aprendidas, de reinvenções. De determinação para ir mais além, de oportunidades para finalmente arriscar fazer as coisas de outro modo. E para isso, a tecnologia teve um papel determinante. A transformação digital acelerou muitos projetos que estavam apenas em papel que se concretizaram em tempo record.
O mundo digital e tecnológico abriu portas a uma nova forma de trabalhar, de estudar, de fazer negócio e de lidar com os serviços públicos.
Mas agora que 2020 chega ao fim, o que podem as empresas esperar dos próximos 12 meses? Será 2021 um ano (ainda mais) tecnológico? A que pontos deveremos estar mais atentos? A Gartner já “espreitou o futuro” e destacou algumas das tendências para 2021, que resumimos de seguida:
#1 Internet of Behaviors
O conceito de “Internet of Behaviors” (IoB, na sigla em inglês) diz respeito à utilização dos dados com o intuito de alterar comportamentos, conjugando dados dos mundos digital e físico para influenciar ações por meio de ciclos de feedback. No fundo, trata-se da interconexão de dispositivos, que acaba por resultar numa grande variedade de fontes. Frequentemente, as organizações recolhem este tipo de informação de clientes, mas também muito, de “não clientes”, através da partilha de dispositivos conectados.
A Gartner deixa como exemplo importante a telemática e a sua capacidade de monitorizar o comportamento dos motoristas de veículos comerciais e camiões, bem como a forma como esses dados podem ser usados à posteriori para melhorar a segurança, o desempenho da condução e a rota a seguir. A IoB tem, no entanto, implicações sociais e éticas que devem ser sempre tidas em consideração.
#2 Total experience
Esta segunda tendência apontada para 2021 combina a experiência do cliente, com a do colaborador e a do utilizador num conceito multiexperiência. O objetivo final é transformar o resultado do negócio ou serviço, melhorando a experiência total. De acordo com a Gartner, vincular fortemente todas essas experiências – ao invés de melhorar individualmente cada uma delas – ajuda a marcar uma importante diferença entre a empresa e os seus concorrentes, criando-se assim uma vantagem competitiva sustentável. Tirando partido desta “experiência total”, as organizações podem beneficiar de forma mais eficaz desta nova realidade imposta pela covid-19, incluindo trabalho remoto, móvel e virtual.
#3 Privacy-enhancing computation
O conceito de privacy-enhancing computation surge suportado em três tecnologias que protegem os dados à medida que são utilizados. A primeira fornece um ambiente confiável no qual dados confidenciais podem ser processados ou analisados; a segunda executa o processamento e a análise de forma descentralizada; a terceira faz a criptografia dos dados e algoritmos antes do seu processamento ou análise.
A Gartner acredita que esta tendência vai permitir às organizações colaborarem em pesquisas, com segurança e sem pôr em causa a confidencialidade da informação. Assim sendo, garante-se a sua partilha segura.
#4 Cloud distribuída
O conceito de nuvem distribuída, como quarta tendência desenhada pela Gartner para o próximo ano tecnológico, diz respeito à possibilidade de os serviços de nuvem serem distribuídos para diferentes locais físicos, ao mesmo tempo que a operação, governança e evolução permanecem sob responsabilidade do fornecedor de nuvem pública. Permitir que as organizações tenham esses serviços fisicamente mais próximos, ajuda em cenários de baixa latência, reduz os custos e ajuda a cumprir as leis de proteção que determinam que os dados devem permanecer numa área geográfica específica.
#5 Operações em qualquer lugar
Trabalhar a partir de qualquer lugar e ter sempre as ferramentas e informações disponíveis tornou-se mais relevante do que nunca. “Anytime, anywhere” é o conceito na base desta tendência que nos traz uma organização sempre disponível, independentemente do local onde operam clientes, colaboradores ou parceiros. Os bancos que funcionam apenas online são um bom exemplo deste conceito já que permite todo o tipo de operações – de transferência de fundos à abertura de contas – sem necessidade de qualquer tipo de interação física. Sempre que existir um espaço de negócio físico, a Gartner fala na necessidade de o manter habilitado de forma digital, disponibilizando serviços como check-out sem contacto, por exemplo.
#6 Cibersegurança em rede
A realidade do trabalho remoto traz consigo uma outra tendência que diz respeito à segurança. O conceito de cibersegurança em rede vem ajudar a minimizar estas ameaças, que se têm tornado cada vez mais sofisticadas e frequentes.
#7 Combinação de inteligência no negócio
A combinação de inteligência no negócio permite uma adaptação e reorganização, tendo em conta as condições atuais. À medida que as organizações aceleram a sua estratégia para conduzir uma transformação digital mais rápida, precisam de ser ágeis e tomar decisões rápidas com base nos dados disponíveis.
#8 AI engineering
De acordo com os analistas da Gartner, uma estratégia robusta ao nível da Inteligência Artificial (AI) vem facilitar o desempenho, escalabilidade, capacidade de interpretação e confiabilidade dos modelos de IA, ao mesmo tempo que ajuda no retorno do investimento.
Segundo a Gartner, esta será uma forte tendência em 2021, uma vez que reúne diferentes disciplinas num único conceito capaz de moldar a área de IA de forma muito positiva, ao mesmo tempo que abre caminho à sua importante valorização.
Na verdade, o conceito de inteligência artificial responsável surge para ajudar a trabalhar questões como a confiança, a transparência, a ética, a justiça, e a conformidade promovendo, no fundo, a verdadeira operacionalização da Inteligência Artificial.
#9 Hiper automação
A hiper automação relaciona-se com a ideia de que tudo o que pode ser automatizado dentro de uma organização deverá estar automatizado. Trata-se de um conceito conduzido por organizações com sistemas legados e, por isso mesmo, mais caros. São várias as organizações que contam ainda com uma espécie de “colcha de retalhos” ao nível tecnológico, assumindo-se como sistemas pouco otimizados e que dificultam a eficiência, rapidez e democratização necessárias. Diz a Gartner que as organizações que não se concentrem em requisitos como a agilidade acabarão por ser, inevitavelmente, deixadas para trás. A hiper automação vem ajudar o negócio a colmatar essa questão.
Na Opensoft temos ajudado inúmeras organizações públicas e privadas a tirar o máximo partido da tecnologia para otimizarem e fazerem crescer o seu negócio. Conte conosco no próximo ano para tornar estas tendências uma realidade também para si!