As organizações já não vivem sem tecnologia. São cada vez mais as organizações que apostam na digitalização de serviços, processos automáticos ou algoritmos para análise de dados. Esta adesão e dependência da tecnologia traz consigo algumas ameaças que podemos catalogar de risco digital.
Quando se pensa em risco digital é comum associar-se a ataques cibernéticos que impedem a organização de operar, mas o risco tem uma dimensão muito mais abrangente. Os comportamentos associados aos colaboradores, os resultados gerados a partir da automação tecnológica ou a não existência de uma política de proteção de dados também são riscos digitais que afetam a organização.
Segundo uma pesquisa da KPMG, 90% dos inquiridos indicaram que o risco digital é diretamente proporcional ao uso de tecnologias digitais, ou seja, quanto mais tecnológica for a organização maior será a sua exposição ao risco digital.
Mas afinal, o que é o risco digital?
O risco digital pode ser definido como as consequências associadas à adoção de novas tecnologias. Pode ser concretizado através de perdas financeiras ou interrupção nas operações da organização, por exemplo através de acessos não autorizados aos sistemas da organização ou acidentes de segurança.
Por esta razão, é essencial que as organizações estejam conscientes dos seus riscos digitais e que tenham uma estratégia para os mitigar. Há alguns comportamentos que podem aumentar este risco, pelo que é necessário as organizações tomarem ações para os eliminar ou, pelo menos, reduzir.
O acesso aos sistemas da organização através de ligações pouco seguras, privilégios de administração dos sistemas alargados a vários colaboradores ou a ausência de políticas de proteção de dados trazem riscos associados que atingem a segurança da organização.
Como reduzir o risco digital?
Para gerir os riscos de forma eficaz, as equipas de segurança e de gestão do risco devem trabalhar em conjunto para garantir a capacidade de tomar as medidas adequadas e oportunas para evitar potenciais problemas. Isto só é possível com o acesso a dados estruturados, fiáveis e contextualizados ao negócio para que as equipas possam entender o que está a acontecer em caso de risco e, assim, ser possível determinar qual a melhor resposta à ameaça.
Mas por onde começar? Concentre-se em três áreas principais:
1. Segurança dos dados: dados de colaboradores, clientes ou atas de reuniões de direção são alguns dos dados críticos que são alvos primordiais de ataques cibernéticos. Mantenha esta informação acessível após autenticação e autorização. Se se tratar de informação sensível, considere cifrá-la, acrescentando uma camada adicional de segurança.
2. Segurança da informação disponível online: com a necessidade das marcas estarem em várias plataformas online, nomeadamente redes sociais, surgem também mais ameaças. As mais comuns são a criação de perfis falsos da marca nas redes sociais ou o registo de domínios falsos ou URLs muito parecidos com os da organização usados para tentativas de phishing. Estes crimes afetam a confiança e a lealdade do cliente a uma marca.
3. Segurança da infraestrutura: à medida que a infraestrutura tecnológica cresce, pode tornar-se mais complexo ter uma visão integrada de todos os sistemas. Assim, é essencial que sejam monitorizadas as vulnerabilidades existentes, a validade dos certificados de segurança ou protocolos de partilha de ficheiros que possam estar incorretamente configurados.
4.Investir num sistema de gestão de segurança de informação: um sistema de gestão de segurança de informação contempla as estratégias, métodos, ações e ferramentas para garantir a segurança de informação de uma organização.
Conclusão
Construir uma estratégia de gestão de risco digital exige tempo e esforço de toda a organização e não é uma tarefa fácil. Em primeiro lugar, devem ser transmitidos a todos os colaboradores os conceitos de risco digital e os tipos de riscos existentes. Só depois se deve começar a implementar estratégias para gerir os riscos.
O risco digital é uma preocupação que deve ser tratada em todas as áreas da organização, desde a equipa responsável pela segurança digital da organização até à sala de reuniões da direção.
A Opensoft defende uma abordagem de segurança voltada para o negócio em que a gestão de risco e as equipas tecnológicas estão interligadas, criando mecanismos para promover a segurança da informação da organização, seja através de sistemas de autenticação robustos ou na integração de sistemas de forma segura e promovendo a integridade dos dados. Neste sentido, a empresa desenvolveu o seu sistema de segurança de informação e obteve a certificação ISO 27001 para este mesmo sistema.
Se precisar de um parceiro para gerir o risco digital da sua organização, contacte-nos!