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Internet mais segura: 4 funcionalidades para uma melhor experiência digital

Dia da internet mais segura

Os ciberataques, que exploram a identidade digital dos utilizadores, continuam a crescer de forma alarmante. Assim sendo, será fundamental reforçar a educação para a cidadania digital, com vista a responder eficazmente aos desafios e oportunidades que surgiram ou foram amplificados pelas novas tecnologias e pelo ambiente digital. 

Por ocasião do Dia da Internet mais Segura, que se celebra hoje, 11 de fevereiro, e que, este ano, tem como tema central a Educação para a Cidadania Digital, destacamos alguns comportamentos que contribuem para uma experiência de navegação na Internet mais segura.

1. Gestão de privacidade

A privacidade do cidadão online encontra-se ameaçada pela gestão dos dados feita pelas próprias empresas que gerem as plataformas tecnológicas e pelos comportamentos adotados. Face a esta tendência, é essencial criar um debate que contrarie a tendência para a dessensibilização do tema da privacidade. Assim, o cidadão deve procurar gerir as suas definições de privacidade, assim como o grau de exposição que pretende ter, mas deverá também ter em conta que estas informações podem ser utilizadas em contextos que não o inicialmente solicitado, por empresas menos escrupulosas ou até extraídos em resultado de um ataque cibernético.

É especialmente importante limitar a partilha de informações pessoais. A navegação através de VPN, especialmente em locais públicos, para evitar a interceção de comunicações privadas por parte de hackers, e a navegação em modo anónimo, podem ajudar a evitar o correlacionamento entre sites.

2. Ataques de phishing

Os ataques de phishing seguem a lógica da imitação e persuasão, já que fontes normalmente tidas como fiáveis são falsificadas com o objetivo de aceder a dados privados. Uma estratégia de phishing aproveita uma série de vulnerabilidades, tais como a distração do utilizador, a confiança que o mesmo tem na fonte através da qual recebeu a mensagem e, muitas vezes, o sentido de urgência. 

O utilizador deve estar consciente dos sinais de alerta. Links inesperados, endereços de e-mail e até o código URL dos websites, devem ser analisados com o devido cuidado, especialmente se a ação solicitada envolver transações financeiras ou informações confidenciais. É ainda essencial adotar estratégias de autenticação multifatorial em plataformas que reúnem uma grande quantidade de dados confidenciais. No fundo, a autenticação multifatorial procura salvaguardar os dados dos utilizadores através da adição de um maior número de passos de acesso, que podem incluir palavra passe, impressão digital e confirmação através de um dispositivo diferente, como um telemóvel, por exemplo. 

3. Compras Online

As compras online representam outra prática que confere muito conforto ao cidadão comum, mas que, ainda assim, acarreta alguns riscos. O pagamento através da referência de multibanco continua a ser o método mais seguro, seguindo-se a utilização do cartão de crédito virtual, que permite definir uma quantia limitada. Qualquer pagamento, ou introdução de credenciais confidenciais, deve ser feito em resultado do propósito do cidadão. 

Se um pedido de pagamento chegar via e-mail, esse e-mail deve fazer referência de forma explícita ao nome do consumidor e à lista de itens a pagar, validando o contexto do pagamento. O ideal é disponibilizar os dados do cartão de débito o mínimo de vezes possível. Com  isto em mente, algumas aplicações bancárias disponibilizam alertas de saída e entrada de dinheiro, permitindo ao utilizador uma perceção em tempo real de movimentos de conta – um passo importante que deve ser implementado, alertando para movimentos indevidos. 

4. Proteção de crianças e jovens

À semelhança do que acontece quando se dá liberdade a uma criança para frequentar espaços públicos de forma independente, a educação deve anteceder a restrição, sendo crucial a consciencialização para os perigos das “ruas internáuticas” e para os comportamentos a adotar quando esses perigos surgem. Os pais podem ainda manter-se a par das funcionalidades que podem integrar nos seus dispositivos para mitigar o acesso a conteúdo e canais de comunicação inapropriados para a idade. 

Algumas plataformas, como o Youtube, criaram estratégias de controlo parental que oferecem às famílias uma modalidade adaptada a crianças, que envolve um acesso condicionado de conteúdos. Atualmente, é possível ter acesso a um leque de aplicações dedicadas à monitorização da pegada digital da geração mais nova, que  permitem quantificar o tempo de ecrã, identificar e filtrar conteúdos menos próprios, localizar o dispositivo do jovem ou criança, e bloquear sites e aplicações previamente selecionadas. 

 

A utilização quotidiana da Internet traz inúmeras vantagens, mas acarreta também uma série de perigos que devem ser ativamente mitigados. Neste sentido, é fundamental ter comportamentos preventivos e verificar, sempre que possível, a legitimidade de sites e mensagens recebidas, não só no dia da Internet mais Segura, mas todos os dias.

 

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