A inteligência artificial (IA) é uma das tecnologias mais faladas da atualidade. Esta tem vindo a mostrar-se revolucionária para a automatização de tarefas e ganhos de eficiência nas organizações. Começa, por isso, a ser um fator importante para a produtividade e competitividade das empresas.
Por definição, a inteligência artificial simula através de computadores as capacidades de resolução de problemas e tomada de decisão da mente humana, antecipando comportamentos e automatizando funções. No entanto, em Portugal, apenas 17% das empresas recorre a tecnologias de IA, segundo um estudo do Instituto Nacional de Estatística.
Mesmo com uma aplicação tão vasta e resultados bastante promissores, pode ser desafiante integrar esta tecnologia, uma vez que requer mudanças significativas ao nível dos processos, da cultura organizacional e dos objetivos das equipas. Partilhamos alguns aspetos a considerar para começar a implementar iniciativas de sucesso com recurso à inteligência artificial.
– Identificar os problemas do negócio
O primeiro passo é identificar as áreas em que há potencial para aplicar soluções de IA. Através delas é possível resolver alguns dos problemas do negócio, desde automatizar a inserção de dados com algoritmos preditivos, a impulsionar as vendas através de mecanismos que sugerem a compra de produtos com base no histórico de pesquisa e compras anteriores.
Cada organização terá as suas especificidades, assim, começa-se por identificar que tarefas ou serviços podem beneficiar com a implementação de um modelo de IA, associando essa iniciativa à resolução de um problema real. Desta forma, com uma questão específica por resolver, fica mais simples demonstrar o valor da iniciativa, quando comparando com um método tradicional. Por exemplo, se for uma tarefa repetitiva que angustie os seus trabalhadores, transformá-la terá um impacto muito positivo na satisfação, cultura organizacional e produtividade.
– Garantir a qualidade dos dados
Os dados são a base de informação que sustenta qualquer algoritmo de IA e, por isso, é necessário garantir a boa qualidade dos dados. Caso contrário, os resultados gerados não serão suficientemente fiáveis para serem aplicados no negócio. Posto isto, antes de qualquer iniciativa de IA, recomenda-se que os dados recolhidos sejam validados e que a sua qualidade seja verificada. Por exemplo, é sinal de alarme se tiverem valores contraditórios, duplicados, ou se faltarem variáveis.
Sabia que a IDC estima que um terço do ciclo de vida das iniciativas de IA seja gasto na integração e preparação dos dados? De uma forma geral, o esforço de despender algum tempo neste processo de refinamento das fontes e normalização dos dados acaba por compensar porque se otimiza a base de dados.
– Inovar e não só automatizar
É normal que as estratégias de implementação de IA gerem objetivos ambiciosos a longo prazo, como estendê-la a mais áreas da organização. Ainda assim, é de salientar que as iniciativas mais bem sucedidas são aquelas que reinventam o processo através da tecnologia, não apenas as que o automatizam.
Ou seja, o ideal não é replicar uma tarefa realizada por pessoas para uma máquina. Isso até pode tornar o processo mais rápido ou fazer com que o consigamos efetuar mais frequentemente. Mas o grande benefício da inteligência artificial está em criarmos novos processos mais eficientes e melhores formas de trabalhar, que sem a tecnologia não seriam possíveis. Assim, as organizações devem alinhar as iniciativas de IA com os objetivos estratégicos do negócio, mas também à inovação para se destacarem na era digital.
Em conclusão
Sabemos que a IA está a evoluir a alta velocidade e promete transformar o mundo que conhecemos, do entretenimento à ciência, da educação aos transportes, passando por muitas mais indústrias com impacto no nosso dia a dia.
Ao nível das organizações, esta tecnologia já tem, atualmente, capacidade para processar informação com um detalhe e rapidez fora do alcance de equipas humanas, permitindo a eliminação de trabalho repetitivo e a diminuição da margem para erro. Como consequência, os trabalhadores podem utilizar o seu tempo de forma mais eficiente ou focar-se em vertentes mais criativas do trabalho.
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